A morte do trabalhador de fazenda Dinalto Machado Lopes, 52 anos, do Pontal do Borges no município de Tapurah, completou dois meses nesta sexta-feira (28) ainda com pendência de resultados de perícias para conclusão do Inquérito Policial.
A princípio, a morte do trabalhador era tratada como um incidente envolvendo um ataque de onça pintada. Mas com a presença dos peritos da Politec de Sorriso, verificou-se que o corte em uma das mãos da vítima, não se travava de ataque felino, e sim, um corte feito através de arma branca.
O homicídio causou repercussão nacional e ficou conhecido como o caso da ‘Onça Fake’
Três dias após o crime Polícia Civil de Tapurah, com apoio da Delegacia de Lucas do Rio Verde, cumpriram quatro mandados judiciais para esclarecer o homicídio, inclusive com a prisão temporária (5 dias) do dono da fazenda onde a vítima trabalhava.
O suspeito foi preso em virtude dele mesmo ter criado a narrativa de que a vítima teria sido morta por um ataque de animal (onça). “A tese que trabalhamos, é que houve a criação de uma história de ataque animal para justamente ocultar o homicídio e dificultar as investigações policiais desde o início, e quem criou esta história do ataque de onça foi justamente o suspeito (que está preso), proprietário da área”, disse o delegado após o cumprimento do mandato em 27 de abril.
No dia 1º de maio o proprietário da área e principal suspeito da autoria crime, foi solto pela justiça da comarca, que indeferiu o pedido de prorrogação da prisão feito pelo delegado de Tapurah.
Segundo o delegado Arthur Almeida, a juíza da comarca entendeu que o suspeito já não apresentava risco de fuga ou que pudesse atrapalhar as investigações policiais, que também possui moradia fixa e trabalho remunerado.
O delegado acrescentou que, a polícia civil ainda continua fazendo algumas diligências restantes para concluir o inquérito. “A parte principal da investigação já foi praticamente finalizada. A gente ainda aguarda a finalização do laudo da necrópsia da Politec, que ainda não foi entregue e o celular do suspeito ainda vai ser encaminhado para a perícia, e isso pode demorar mais algum tempo ainda, e também falta ainda ouvirmos mais duas testemunhas sobre o caso. Finalizando estas diligências haverá a conclusão do inquérito para estarmos enviando o mesmo para o judiciário”, ressaltou.
Segundo o delegado, o principal suspeito continua sendo o proprietário da área, o qual esteve preso por 5 dias na delegacia de Tapurah. “Nós ainda continuamos reforçando os indícios das conclusões iniciais de quem foi o suspeito. Ele (proprietário da área) continua sendo o principal suspeito, e o fato de a prisão ter sido revogada não influencia em nada no processo das investigações”, pontua.
MP diz que ainda falta concluir perícia dos celulares
Procurado nesta semana pela reportagem, o Promotor de Justiça da Comarca de Tapurah, Leonardo Moraes Gonçalves disse que o Ministério Público não pode se manifestar em casos em que as investigação ainda está em andamento.
Ele garantiu revelou que, acompanha o caso de perto e que aguarda a conclusão das investigações da delegacia de Tapurah. Assim que , a Delegacia receber todos os laudos da períciais dos celulares dos envolvidos, o inquérito será encaminhado ao poder judiciário para o andamento da persecução penal.
O que falta eclarecer para a família e a população
1 – Confirmação se o Fazendeiro é o autor do assassinato do seu empregado
2 – Qual foi a motivação do assassinato
3 – Existia caso entre a mulher da vítima e o fazendeiro
4 – Porque tanta demora para fazer perícia nos celulares dos envolvidos