Mesmo vivendo um momento de luto profundo, a família Cattani, não deixou passar em branco, a comemoração de 7 anos do filho de Raquel Cattani, 26 anos, que foi brutamente assassinada com mais de 30 facadas, pelo ex cunhado no dia 18 de julho passado.

A data do aniversário do  neto do Deputado Gilberto Cattani e da esposa Sandra Maziero, foi no dia 20 de julho, exatamente o dia do velório e sepultamento da mãe em Lucas do Rio Verde.

Ao lados dos avós e da irmã de 3 anos de idade, Pedro Maziero Cattani, foi recepcionado com bolo, docês e refigrerantes. Além de um ambiente enfeitado com uma grande foto da mãe Raquel Cattani.

Em seu perfil nas redes sociais, a mãe de Raquel, avó de Pedro, fez uma públicação para homenagear o neto e lembrou da filha que deixou o convíveu famíliar de uma forma tão cruel e triste.

“Parabéns meu amorzinho…o dia do seu aniversário não foi esse…mas atendendo o seu pedido comemoramos hoje e com a foto bem grande da sua mamãe como você pediu…que seus dias sejam abençoados e repletos de alegrias…te amamos muito Pedrinho”, publicou avó em seu perfil nas redes sociais, Sandra Maziero.

 O caso 

A Polícia Civil de Mato Grosso esclareceu o assassinato da produtora rural Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). O ex-marido da vítima e o irmão dele foram presos, pouco mais de uma semana após a morte.
  
Segundo a Polícia, o ex-marido de Raquel, Romero Xavier, planejou o crime e o irmão dele, Rodrigo Xavier, matou a vítima e montou a cena na residência para que parecesse um crime patrimonial. Romero é pai dos dois filhos da vítima. No começo das investigações, ele chegou a se apresentar espontaneamente para prestar depoimento e, na ocasião, os investigadores descartaram sua participação no crime.

A polícia informou que um dos pontos investigados foi que Romero, até antes do término da relação, se mantinha distante do irmão. Contudo, após o fim do casamento, ambos passaram a se encontrar e trocar mensagens. Rodrigo tinha diversas passagens por furtos e outros crimes, além de ter sido usuário de entorpecentes no passado.

Rodrigo foi preso em Lucas do Rio Verde. “Após horas de vigilância, ele chegou na residência e, ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais”, informou a corporação. Pouco depois ele confessou o assassinato, a mando do irmão, e que levou objetos da casa da vítima para simular um latrocínio e atrapalhar as investigações.

Na casa de Rodrigo foram encontrados frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca. Esses objetos, segundo a polícia, pertenciam à vítima. O delegado Guilherme Pompeo acrescentou que, com Rodrigo, havia uma bota com pegadas semelhantes às encontradas na casa da vítima. 
 

Álibi
 
De acordo com a investigação, Romero trouxe o irmão no próprio carro e o deixou escondido perto do sítio que pertencia à Raquel. O “autor intelectual” do crime depois almoçou com o ex-sogro, o deputado estadual Gilberto Cattani e teria chorado na frente dos familiares da vítima. Após confraternizar com a família da ex-mulher, Romero os filhos do casal foram para Tapurah. A retirada das crianças para uma cidade vizinha seria uma forma de criar álibi.

O plano de Romero também contemplou uma bebedeira com churrasco no dia do crime. “No período da noite, foi a três boates em Tapurah para reforçar o álibi de que estaria da cidade e, assim, não seria considerado o principal suspeito”, explicou a polícia.
 
Enquanto passava pelas boates, Rodrigo aguardava o momento de investir contra a vítima no sítio. Ele já sabia da rotina de Raquel e planejou o assassinato. “Ao chegar no sítio por volta de 20 horas da quinta-feira, a vítima foi atacada com uma faca e foi a óbito no local”, disse a polícia.

A moto, o celular e a faca do crime foram jogador em um rio da região. O corpo da produtora foi encontrado por um familiar em um dos quartos da residência, com ferimentos semelhantes ao de uma facada. Na residência, havia sinais de violência, como uma televisão quebrada. Uma moto que pertencia à Raquel foi levada do local.

O assassino cobrou R$4 mil pela execução, dinheiro emprestado por Cattani

Com várias passasgens pela polícia, inclusive por consumo e tráfico de drogas, Rodfrigo irmão de Romero, teria cobrado R$4 mil reais pela execução. Ele teria recebido a importância de R$1,5 mil de entrada.

O dinheiro de acordo com declaração e depoimento na polícia, seria proveniente de um empréstimo que Romero fez junto ao ex sogro. O próprio, deputado Gilberto Cattani,  revelou a informações à imprensa e a polícia. Os irmãos, Romero e Rodrigo, seguem presos após a adudiência de custódia aguardando o julgamento do crime que causou repercussão nacional, pelo requinte de crueldade.