Dia 17 de junho é a data marcada para Assembleia Geral dos profissionais da Educação, para escolha da nova diretoria da Subsede do Sintep de Lucas do Rio Verde que vai comandar os destinos da entidade pelos próximos três anos.
A professora Márcia Bottin Barbosa, atual presidente da entidade, confirmou que duas chapas disputarão a eleição. Uma chapa tem como candidato a presidente o professor de Educação Física da Escola Dom Bosco e da Escola Estadual Márcio Sabbat, Eriksen Carpes. A outra chapa é encabeçada pela professora Pedagoga da Escola Caminho Para o Futuro, Jucélia Borges Ribeiro.
A votação será no sistema online, das 8h às 20h, e integra o processo unificado de escolha da nova diretoria estadual e das regionais do sindicato — considerado o segundo maior pleito sindical de Mato Grosso.
Márcia, que assumiu a presidência da subsede em 2022, integra uma das chapas na disputa e destacou que este é um momento importante para a categoria. “É saudável ter duas chapas, porque os filiados têm a oportunidade de escolher e comparar propostas. Estamos em campanha, visitando escolas e apresentando o que fizemos e o que propomos dar continuidade”, disse.
Segundo Márcia, quem tiver dificuldades com a votação online poderá recorrer à subsede, que disponibilizará suporte técnico e, se necessário, até voto manual. A posse dos eleitos do Sindicato em Mato Grosso deve ocorrer no dia 29 de junho, aniversário do Sintep. A subsede estuda a possibilidade de a cerimônia local ser antecipada para permitir que os eleitos participem na posse central.
Avanços e desafios da atual gestão
Durante seu mandato, Márcia destaca que o sindicato teve muitos embates, mas sempre foi mantido o respeito com a gestão municipal e o Legislativo e a entidade viveu um período de fortalecimento da base e melhorias na oferta de serviços. “Assumimos com apenas 90 filiados e hoje esse número aproxima-se a 500 filiados. Trouxemos credibilidade, buscamos benefícios, abrimos a subsede para uso dos filiados e firmamos parcerias com comércios, clínicas e laboratórios”, enalteceu a presidente.
Ela lembra que a sede passou a ser usada para confraternizações de filiados — como aniversários e casamentos — mediante apenas o pagamento da taxa de limpeza. “Quem não é filiado paga R$ 1.800 para usar o espaço. Então, só nisso já vale a pena estar sindicalizado”, afirma.
A presidente revela que havia projetos mais ambiciosos para a estrutura do sindicato, como construção de piscina, quiosques e campo esportivo, mas questões legais e um problema de saúde pessoal a impediram de avançar. “Por isso também decidi não disputar a presidência novamente. Fiquei afastada por motivo de doença, e isso comprometeu minha atuação nos últimos meses.”
Mesmo assim, ela avalia que a atual gestão conseguiu resgatar o protagonismo da categoria em Lucas do Rio Verde, promovendo lutas relevantes, incluindo momentos de greve e negociação salarial. “A educação vive um colapso, com falta de profissionais e condições difíceis nas salas de aula. É essencial manter um sindicato ativo, forte e com diálogo aberto com o poder público.”
Márcia conclui dizendo que a próxima gestão terá o desafio de dar sequência às conquistas e retomar os projetos não concluídos. “O sindicato precisa continuar sendo um espaço de luta, acolhimento e valorização. Independentemente de quem assuma, o compromisso com a educação tem que estar em primeiro lugar.”