O tenente-coronel da Polícia Militar Alexandre José Dall Acqua foi preso, nessa segunda-feira (8), suspeito de estuprar uma estagiária e outras duas mulheres em Juína, a 737 km de Cuiabá. Alexandre foi exonerado do cargo em agosto deste ano, após ser denunciado por uma das vítimas.
Em nota, o advogado de defesa criticou o vazamento de informações de uma investigação interna, que deveria correr sob sigilo, destacando que a exposição causa “danos irreparáveis” à imagem do tenente-coronel.
“A inocência do meu cliente será comprovada por meio de fatos e de testemunhas, como a responsável pelo controle de acesso do local, que afirmou categoricamente que, além de o espaço permanecer trancado no período noturno, o acusado não esteve lá na data apontada. Essa versão reforça a linha de defesa de que não há qualquer vínculo entre o policial e os acontecimentos investigados. Por fim, o acusado reafirma sua confiança em uma apuração correta, justa e imparcial, colocando-se inteiramente à disposição da Justiça e das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários”, finalizou a defesa.
A defesa sustenta que Alexandre não esteve no local onde uma das vítimas afirma ter sofrido o abuso. De acordo com o advogado, a funcionária responsável pelo controle de acesso do estabelecimento teria confirmado que o local estava trancado na data dos fatos e que o policial não estava presente, o que, segundo ele, reforça a tese de que não há ligação entre o policial e os crimes investigados.
Conforme a Polícia Militar, o inquérito é conduzido sob sigilo, por envolver denúncias de violência sexual contra mulheres. A Corregedoria-Geral da corporação segue com as investigações e afirmou que presta apoio emocional e psicológico às vítimas e seus familiares.
Alexandre se apresentou na 11° Vara Especializada da Justiça Militar e está preso em uma unidade militar de Cuiabá, à disposição da Justiça.