O governo de Mato Grosso Mauro Mendes (União) estuda instalar ar-condicionado em celas de presídios, segundo Mauro Mendes, os detentos já custam em média R$ 4 mil ao estado a cada mês, somente para a manutenção nos presídios. “Nós vamos estimular a todos a trabalhar, um preso custa quatro mil reais dormindo o dia inteiro é isso que vocês querem, eu tenho que criar estímulo para que ele trabalhe e custe menos para o cidadão e para a sociedade,” disse.
A ideia de colocar ar-condicionado em celas foi anunciada na semana passada pelo governador, durante a entrega de 50 mil uniformes escolares. As peças foram produzidas por detentos em 6 pequenas industriais têxteis em presídios de Mato Grosso. O governo diz que o trabalho nos presídios gerou economia de R$ 750 mil.
O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), em suas redes sociais, criticou o governo do estado, sobre o alto custo da energia, e a falta de estímulo para a sociedade. “Tem muito cidadão de bem que trabalha duro, mas não possui o ar condicionado , pois a conta de luz aqui no estado de Mato Grosso é uma das mais cara e no final do mês ele não terá condições de pagar, enquanto isso presos aqui no nosso estado tem essa regalia e no final das contas quem paga é o cidadão”, criticou o deputado.
O deputado preside a comissão que avalia altas contas de energia no estado, composta pelo deputado Cláudio Ferreira (PL), na condição de relator, pelos deputados Wilson Santos (PSD) e Diego Guimarães (Republicanos) e pelo servidor da Assembleia Legislativa Fábio Bittencourt, que ocupa a função de secretário.
Dados da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (AGER-MT) apresentados pelo parlamentar apontam que a Energisa Mato Grosso atende atualmente mais de 1,5 milhão de unidades consumidoras em todo o estado. Informações de 2022 do Procon-MT, por sua vez, revelam o registro de 1.435 reclamações fundamentadas.
“A Energisa Mato Grosso desempenha uma má prestação de serviço à população mato-grossense. Inúmeros problemas já foram evidenciados e outros novos irão surgir com o andamento desta Câmara Temática”, frisou.
Faissal citou ainda a cobrança de ICMS de energia solar e o acúmulo de fios soltos nos postes como dois grandes problemas relacionados à energia elétrica em Mato Grosso.