Lucas do Rio Verde - Setembro 18, 2024

Conheça nossas redes sociais

Líderes do CV mostram revolta contra advogada por abandono de “irmãos” em MT

A advogada Hingritty Borges Mingotti está presa por ligações com o crime organizado

Por: Portal JVC / Valdecir Chagas / Folha max

Compartilhe:

(Autor da imagem: Portal JVC)

Print de conversas entre líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) demonstram que eles não estavam satisfeitos  com os trabalhos prestados pela advogada Hingritty Borges Mingotti, presa na “Operação Gravatas” no dia 12 de março, por atuar como “braço jurídico”, da organização criminosa que atua na região do médio norte do Estado.

Conforme as mensagens, a jurista corria risco de ser tratada como igual pelos faccionados, de acordo com a “lei do crime”, ou até ser “demetida”, por estar fazendo perguntas indevidas e pelo acompanhamento presencial aos faccionados que precisavam de seus serviços.

“Se ela quiser vai ter que seguir as nossas regras do crime, punição igual, só isso…e seguir todos os tramites dos trabalhos”, diz trecho do relatório que serviu de advertência à advogada. A conversa interceptada se deu entre duas lideranças do CV, Thiago Telles e Paulo Henrique Campos, conhecido como “Noturno”.

Os dois são membros da alta cúpula do tráfico nas cidades de Tapurah e Itanhangá. No relatório, “Noturno” reclama para Thiago que “da última vez”, a jurista não realizou o acompanhamento presencial dos presos e atendeu somente por ligação.

Ele trambém alerta que Hingritty não deve ficar “especulando” os cargos de chefia, como “disciplina”, “gerente” e demais “irmãos”. “Queremos que todas as questões que a doutora resolver tem que ser pessoalmente. Não queremos mais nada por ligação. Ela só cumprir o papel dela, acompanhar os irmãos  quando forem presos e para ela não se por na nossa vida do crime”, diz outro trecho do relatório.

O texto teria sido encaminhado à advogada que, a partir de então, ficou avisada sobre o acompanhamento mensal dos trabalhos dela sob risco de ser “demitida” da facção.

A operação Gravatas cumpriu 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra três líderes do Comando Vermelho que estão custodiados no sistema prisional.

A Operação Gravatas

Deflagrada  no dia 12 de março, as investigações apontaram que com o auxílio de um policial militar, o soldado Leonardo Qualio, dezenas de boletins de ocorrências eram enviados aos advogados que atuavam como braço jurídico do Comando Vermelho.  As informações eram repassadas nos presídios em que as lideranças da facção estavam detidas.

Além dos boletins, imagens das viaturas da Polícia Judiciária Civil duarante diligências também eram enviadas, com intuíto de embarassar as investigações.

Foram alvos da ação os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luis de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e o soldado da Polícia Militar, Leonardo Qualio.

Jornalista Valdecir Chagas

Fale Conosco

Pelo canal de atendimento ao cliente, estamos disponíveis para atendê-lo(a) da melhor forma

plugins premium WordPress