O Tribunal de Justiça reduziu para 12 anos e seis meses de prisão a pena imposta ao produtor rural Paulo Faruk de Moraes pelo assassinato do agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, 33 anos (foto). A vítima foi assassinada em fevereiro de 2019, em um estabelecimento comercial, no distrito Novo Paraná, a cerca de 25 quilômetros de Porto dos Gaúchos.
Em fevereiro deste ano, o produtor rural de 66 anos foi a júri popular e acabou condenado a 15 anos de reclusão, em regime fechado. Na ocasião, ficou decidido que ele aguardaria em liberdade até o trânsito em julgado da sentença. A defesa e o Ministério Público recorreram. A Promotoria pediu aumento de pena e cumprimento imediato da sentença, para que Paulo fosse preso. Já os advogados do produtor rural pediram um novo julgamento, ou alternativamente, a redução da pena.
Apenas o pedido da defesa foi atendido parcialmente. Para os desembargadores, Paulo faz jus à atenuante da confissão espontânea. Por outro lado, entenderam que como a sentença foi modificada, não havia como analisar o pedido do Ministério Público para cumprimento imediato da pena. Ainda cabe recurso.
O agrônomo Silas, que residia em Sinop, foi atingido pelas costas, por tiros, e morreu antes de chegar ao hospital. Paulo Fruk se apresentou na delegacia dias depois e confessou ter cometido o crime após a cobrança de uma dívida. Silas era representante de uma empresa que financiou o custeio da lavoura e estava na propriedade para acompanhar a colheita e cobrar a parte do financiador.