A preocupação com a inviolabilidade do voto, e por decorrência, com sistemas de segurança para as urnas eleitorais, surge antes mesmo da criação da Justiça Eleitoral no Brasil. Inicialmente eram confeccionadas em madeira, nos mais variados formatos. Pesadas e de difícil manuseio, foram utilizadas até o início da década de 60. Para solucionar as dificuldades de transporte e armazenagem, vieram as urnas confeccionadas em lona, material mais leve, que possibilitavam a combinação de mecanismos de metal para o seu fechamento. Com a adoção das urnas de lona foi possível também criar uma padronização nos modelos utilizados.
Na década de 1990 inicia-se o processo de informatização na Justiça eleitoral e, em 1996, entra em operação o primeiro modelo de urna eletrônica, restrita a capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. Em 2000, todo o eleitorado passou a ter acesso ao equipamento. A partir de 2008, a Justiça Eleitoral iniciou o processo de recadastramento biométrico dos eleitores. Com um leitor de digitais nas mesas de votação, a urna só é liberada após a confirmação da identidade do eleitor.
Urna de Madeira
As urnas de madeira foram utilizadas desde o período imperial até a década de 50. O voto era depositado numa abertura na parte superior e, neste modelo, retirados pela parte inferior onde há uma espécie de alçapão, com uma fechadura.
Urnas de Lona
As urnas de lona foram utilizadas pela Justiça Eleitoral entre as décadas de 1950 até o ano 2000, quando todo o eleitorado brasileiro passou a votar com a urna eletrônica.
Utilizada a partir das Eleições de 1950, permanecendo em uso até 1974. Confeccionada em tecido de lona na cor branca, possui um mecanismo de fechamento com zíper e mais um sistema de lacre que era feito com selo de chumbo, passado através de uma alça de arame trançado, e ainda, chaveado por um cadeado na parte frontal.
Urna Eletrônica
Utilizada pela primeira vez em 1996, nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores, a urna eletrônica foi um produto da inteligência brasileira e representou o maior passo dado pela Justiça Eleitoral na busca por eleições limpas e seguras.
A partir daquele momento, começava-se a eliminar a mão humana dos delicados processos de contagem e divulgação dos resultados dos pleitos em nosso país. A urna eletrônica foi pensada por um grupo de profissionais ligados a setores tecnológicos de ponta no serviço público, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), os setores de tecnologia das Forças Armadas e analistas de sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde 1996, e após sete eleições gerais, sete pleitos municipais e um referendo, nunca foi comprovado qualquer tipo de violação à integridade do equipamento.