Lucas do Rio Verde - Dezembro 27, 2024

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CRM retira registro de médico condenado por matar a noiva e bebê

Fernando Veríssimo de Carvalho, condenado a 31 anos e 4 meses de reclusão pela morte e aborto sem consentimento da noiva, Beatriz Nuala Soares Milano

Por: Portal JVC / Gazeta Digital

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(Autor da imagem: Portal JVC)

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) aprovou por unanimidade a interdição cautelar total do exercício profissional do médico Fernando Veríssimo de Carvalho, condenado a 31 anos e 4 meses de reclusão pela morte e aborto sem consentimento da noiva, Beatriz Nuala Soares Milano. O crime ocorreu em 2018, no município de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), e a jovem estava grávida de 4 meses na época.

Mesmo condenado, Fernando estava atuando em atendimento in loco de acidentes de trânsito, visitação de pacientes no Hospital Regional, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e consultas domiciliares a colaboradores e eventos da Cooperativa de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder).

O clínico geral Fernando Veríssimo de Carvalho, 33, transferiu seu registro profissional do Conselho Regional de Medicina de São Paulo para Mato Grosso em 29 de agosto de 2023 e, apesar da condenação, atua sem qualquer restrição como médico na cidade. Obteve autorização da Justiça para se recolher no presídio até 20h e, durante o dia, é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Nessa terça-feira (8), o CRM-MT, aprovou por unanimidade a interdição cautelar total do exercício profissional do médico, por entenderem que o seu envolvimento nos crimes resulta em um dano irreparável ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.

O caso

No dia do crime, o casal comemorava 10 meses de namoro e foram jantar em um restaurante. Na ocasião, pediu a jovem em casamento. Quando retornaram à casa, ele a matou e arrumou na cama.

Passou a noite bebendo e vendo TV. Depois avisou o atendimento médico e a família que a namorada tinha morrido. Ele tentou induzir a família e autoridades a acreditarem que foi morte natural.

A briga teria começado por conta da compra de um carrinho de bebê que não foi concluída e sobre a organização financeira do casal.

O réu é médico e conhecedor da anatomia. De estatura alta e com mais de 100 kg ele atacou a namorada em pontos cruciais onde sabia que ela perderia a consciência. A jovem tinha conhecimento de técnicas de luta, mas não teve chance de defesa. Ela morreu e o bebê também.

Após descoberto o crime, o homem foi preso em Ribeirão Preto (SP) para onde tinha fugido. Ele está preso na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande) desde 2018.

Jornalista Valdecir Chagas

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