A médica ginecologista e obstetra Sabrina Iara de Mello se pronunciou publicamente, na quarta-feira (16), após ter ser acusada de relacionamento extraconjugal com Ivan Michel Bonotto, assassinado pelo seu esposo Gabriel Tacca, em Sorriso. A médica, que é investigada por fraude processual, nega a relação e diz que é mais atacada do que o autor confesso do crime.
“Falam mais de mim do que condenam o assassino”, declarou Sabrina, em nota divulgada em suas redes sociais.
Imagens de câmeras de segurança do hospital onde a vítima foi atendida mostram a médica com o celular de Ivan nas mãos. Em depoimento à Polícia Civil, ela admitiu ter apagado dados do aparelho, mas negou qualquer envolvimento no homicídio e relação com a vítima.
“Sou investigada por uma suposta fraude processual. Já prestei depoimento e fui liberada. Não estou presa e confio plenamente na Justiça”, ressaltou.
Sabrina também repudiou o julgamento público que vem sofrendo e cobrou respeito à sua imagem e vida pessoal. “A maioria está escolhendo lados e, infelizmente, escolheram o lado errado. Enquanto o autor do crime é pouco mencionado, minha vida é vasculhada e exposta”, disse.
Por fim, a médica afirmou que todos os procedimentos de atendimento à vítima foram seguidos corretamente e pediu que o caso seja analisado com base em fatos e provas, e não em especulações. “Apontar o dedo apenas para um lado não é ser imparcial. É ser cúmplice”, concluiu.
Confira a nota:
“Eu, Sabrina lara de Mello, ginecologista e obstetra na cidade de Sorriso, manifesto profunda indignação diante das recentes declarações nas mídias sociais de pessoas sem conhecimento do ocorrido, acusando minha pessoa de ter caso extraconjugal, acobertar assassinato de amante e calúnias sobre minha pessoa sem nenhum cunho de verdade, pessoas que ignoram a realidade dos fatos, escolhendo o caminho de misturar minha vida privada com um homicídio ocorrido, não havendo de forma alguma relação entre estes fatos. A maioria das pessoas está escolhendo lados. E escolheram o lado errado. Estas pessoas não condenam o assassino confesso, mas fazem alvoroço em devassar minha vida privada. Falam mais de mim do que condenar o assassino. Sou uma médica. Quando chegou ao hospital, toda a equipe hospitalar deu total apoio à vítima, de forma plural, visando salvar sua vida. Reafirmamos, como mulher e médica, a livre expressão das pessoas, mas com responsabilidade e verdade. Não estou presa. Fui interrogada e posteriormente liberada, sendo investigada por uma suposta fraude processual, investigação esta a qual abrirá espaço para o contraditório e ampla defesa. Antecipar julgamentos acerca das pessoas é uma fala perigosa. Ela denigre a imagem das pessoas, sufoca a liberdade de expressão, através de tortura psicológica. Humildemente, peço a todas as pessoas que aguardem o resultado das investigações, não proferindo juízo de valor, vale dizer negativo, antecipadamente sobre o ocorrido. Não há absoluto nexo entre o homicidio ocorrido e a conduta em relação à minha vida privada. Apontar o dedo para um lado dos fatos não é neutralidade. É cumplicidade”.