Lucas do Rio Verde - Fevereiro 22, 2025

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Casal diz que vive misto de tristeza, indignação e alegria após ajudado salvar vítimas de acidente em MT

Escrivã da Polícia Civil, que estava doente, não pôde ajudar no socorro às vítimas na rodovia

Por: Portal JVC / Diário de Cuiabá

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(Autor da imagem: Portal JVC)

Desde o acidente, o casal Fernando Kreuz Dallagnol e Patrícia Gabaldi vive um misto de tristeza, alegria e indignação. A alegria de Fernando é por ter ajudado. Por saber que contribuiu no socorro às quatro vítimas da família Cáceres da Silva.

Todavia, ele diz que se entristeceu com a morte do condutor da outra caminhonete, Gabriel Nogueira. E, mais recentemente, ao buscar informações sobre o estado de saúde da família.

Ele descobriu que as duas filhas do casal Evandro e Fernanda Cáceres da Silva permanecem internadas. “É triste saber que as duas meninas ainda não estão bem”, assinala.

Fernando diz que a esposa, Patrícia Gabaldi, amigos e familiares repetem que poucos fariam o que ele fez, se expondo ao risco de morte para socorrer alguém. “Na hora não pensei em nada disso. Não pensei em riscos, só queria ajudar”, reforça ele.

Divulgação

A alegria de Fernando é por ter ajudado. Por saber que contribuiu no socorro às quatro vítimas da família Cáceres da Silva
Fernando, mesmo achando que não fez nada que o torne herói, diz que é boa a sensação de saber que fez o bem para alguém. “O meu objetivo ali era que todos saíssem bem de dentro do carro, que não tivessem lesões graves.

Mas, infelizmente, as meninas ainda estão internadas. Se Deus quiser, elas vão se recuperar”, preocupa-se ele.

Patrícia Gabaldi, escrivã da Polícia Civil(PJC-MT), lamentou por, naquele dia, não apresentar condições de saúde para ajudar o marido a socorrer as vítimas.

Ela, que durante a viagem de férias recorreu a atendimento médico-hospitalar por duas vezes, em cidades diferentes, estava com pneumonia. “Debilitada, não tive forças para sair do carro. Fiquei ali, me sentindo impotente, experimentando uma sensação horrível por não poder ajudar”, relata. “Meu marido foi um herói. Se eu já o amava, sentia orgulho e admiração, esses sentimentos se tornaram ainda maiores pelo que ele fez, se expondo naquele cenário de riscos para salvar vidas”, declara-se ela.    

De acordo com Patrícia, enquanto Fernando, sozinho, socorria as vítimas, fez isso até a chegada das equipes de socorro, havia pessoas apenas olhando. Expressando indignação, Patrícia diz: “sem se expor ao perigo, havia muitos preocupados mais em filmar aquela tragédia”, indigna-se.

Patrícia diz que ainda teve de impedir a filha, Amanda, de seguir o pai.

A adolescente queria participar do socorro.

A mãe diz que, pelos riscos de explosão, em função das chamas que tomaram conta dos veículos, e a deteve ao lado dela. “Eu e a filha rezamos. Nos apegamos a Deus pedindo pela vida das pessoas que estavam feridas dentro dos carros, a do meu marido e de todos aqueles que trabalhavam no salvamento acidente”, completa a policial.

MORTE 

De acordo com o registro policial obtido pela reportagem,  preso às ferragens, Gabriel morreu carbonizado. O irmão dele, nu ato desesperado de salvá-lo, rompeu as chamas e invadiu o carro.

Ele sofreu queimaduras graves e também precisou ser socorrido para um hospital da região.

Jornalista Valdecir Chagas

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