Operação Sicários investiga 5 mortes registradas em Cuiabá e Várzea Grande. Deflagrada nesta quinta-feira (13), ela mira facções criminosas, que aterrorizam a região.
“Ao todo são 9 suspeitos denunciados, todos com mandados de prisão e desses um mandado foi cumprido hoje, e na última semana, outros dois já foram cumpridos anteriormente”, explicou o delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Maurício Maciel.
A investigação ainda busca apurar o homicídio de Paulo Roberto Ribeiro da Silva, praticado em 2022, que envolve 3 de mandados de busca e apreensão. Joadil Norberto da Silva, foi morto em março de 2024 após se identificar como faccionado. Neste caso, um mandando de busca já foi cumprido na casa do suspeito, sendo apreendido uma arma e um carro de luxo.
Outro crime investigado é a morte do motorista de aplicativo Jonas de Almeida Silva, em 2019, que passou dois dias sendo torturado. Nesse caso, 3 mulheres foram presas por envolvimento no crime.
“Duas mulheres tinham relação com a vítima e o atraíram para uma emboscada. Uma terceira, presa na data de hoje, presenciou e filmou a tortura. Vídeos foram encontrados no celular dela em outra situação em Querência e conseguimos trazer isso para a investigação”, conta o delegado.
Além desses crimes, outros dois estão em processo de investigação, sendo eles a morte de Jair Rodrigues Pinheiro e Onyclei de Souza, conhecido como “Jhony”, “Trocado” ou “Japão”.
Onyclei de Souza foi morto em março de 2023, conforme a apuração, a vítima era usuária de entorpecentes e de álcool e passou por uma casa de recuperação, na Comunidade Pai André, em Várzea Grande. Japão tinha o costume de frequentar e às vezes cometia furtos quando estava embriagado. Em um dos delitos ocorridos, ele furtou a motocicleta de um traficante do bairro.
Contudo, a família da vítima devolveu a motocicleta no dia seguinte, uma vez que Onyclei não furtou com intuito de ficar com o bem e os familiares não queriam problema com o traficante. Porém, o traficante determinou a um integrante responsável pela “disciplina” da organização criminosa que a vítima fosse morta e a deixassem em frente à casa de recuperação como exemplo a outros usuários.
Os executores espancaram Onyclei até a morte e depois o jogaram na porta da casa de recuperação.