Lucas do Rio Verde - Outubro 19, 2025

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Ao pedir prisão, MP cita o prefeito Emanuel Pinheiro, como “líder de quadrilha”

O órgão citou também os ex-secretários de Saúde do município, Célio Rodrigues, Gilmar de Souza Cardoso e Milton Correa, como apoio operacional

Por: Portal JVC / Diário de Cuiabá

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(Autor da imagem: Portal JVC)

O Ministério Público Estadual (MPE) citou operações policiais no âmbito da Saúde da Capital e apontou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) como líder de organização criminosa.

O órgão citou também os ex-secretários de Saúde do município, Célio Rodrigues, Gilmar de Souza Cardoso e Milton Correa, como apoio operacional.

Na representação apresentada ao Poder Judiciário, o promotor Carlos Zarour afirmou que os gestores se uniram com a “finalidade específica da sangria dos cofres públicos, através da obtenção de benefícios ilícitos, com atuação sistêmica e duradoura, dentro do poder Executivo Municipal, causando danos imensuráveis ao erário”.

Segundo ele, isso pode ser claramente comprovado na análise das diversas operações policiais, que foram deflagradas no município, principalmente as que tiveram como alvo a Secretaria de Saúde.

Isso porque é possível identificar a prática de inúmeras e reiteradas infrações penais, segundo o MP.

Como exemplo, o promotor cita as operações Sangria, Overpriced, Curare, Cupincha, Capistrum, Samrtdog e Overpay.

Em seu entendimento, essas operações demonstram que Emanuel “atua como líder da organização criminosa instaurada na Capital, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que, informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem às custas do erário municipal, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas ultrapassam quatro anos”.

Neste sentido, Gilmar Cardoso seria o articulador operacional e Célio Rodrigues e Milton Corrêa, os articuladores empresariais.

Por conta disso, além de requerer o afastamento do prefeito do cargo, o Ministério Público ainda pediu ao Judiciário que os ex-secretários sejam impedidos de assumirem qualquer cargo na administração municipal.

“Destacam que os representados detêm influência no aparato policial estadual e federal, de forma a tentar obter dados sigilosos e, até mesmo, interferir nas investigações em andamento, o que a torna uma organização criminosa especialmente periculosa, razão pela qual a permanência de Emanuel Pinheiro no cargo põe em risco a eficácia e o resultado concreto da persecução e da ordem pública”, diz trecho do pedido.  

Emanuel foi afastado do cargo pela segunda vez, pelo  Desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça  de Mato Grosso nesta segunda-feira (4). Ele poderá ter a prisão decretada em um futuro bem próximo.

Jornalista Valdecir Chagas

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