Vitor Gabriel de Farias Dias, 22, foi morto a tiros após 4 homens invadirem sua residência na noite de quarta-feira (27), em Lucas do Rio Verde. A família da vítima foi trancada em um quarto para não presenciar a execução.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 20h para atender uma denúncia de homicídio na rua Cascavel.

Ao chegar no local, um familiar da vítima disse que 4 homens usando capacetes invadiram a casa os trancaram no quarto, deixando somente Vitor para fora. Minutos depois eles escutaram os disparos.

Corpo de Bombeiros foi acionado, porém, o jovem já não tinha mais sinais vitais. A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi acionada para análise da ocorrência e liberação do corpo. 

Os suspeitos ainda não foram identificados e a motivação é desconhecida. O caso será investigado pela Polícia Civil. 

Segundo Homícidio 

O segundo homicídio aconteceu minutos depois, próximo a uma conveniência na Rua Sarandi, Bairro Rio Verde.

De acordo com as informações do Subtenente Silveira da Polícia Militar, um homem passou de carro na rua atirando contra duas pessoas que estavam deentro de outro veículo. Um deles morreu no local e outro foi socorrido ao hospital, em estado grave.

As autoridades políticas e as forças de segurança do município estão preocupadas para conter a  guerra existente entre facções que disputam espaço para vendas de drogas nos Bairros da cidade.

Lucas do Rio Verde é um dos municípios da região Médio Norte, onde vem aumentando assustadoramente os índices de homicídios nos últimos meses. A guerra entre facções, não é mais novidades para as forças de segurança, que planejam ações eficazes,  de combate ao crime organizado. 

Problema é crônico do crime organizado

Os discursos vazios apontam facilidade para resolução do crime organizado que teve sua orgigem na década de 60 no Brasil. Ele iniciou-se nos grandes centros, mas precisamente Rio de Janeiro e São Paulo. Depois se expandiu para outras capitais e por último chegou nas pequenas cidades.

Em 2010, quando conclui meu curso de direito, escolhi minha feliz monografia, o tema Crime Organizado. Até aquele momento, tinha uma enorme fascinação pelo direito Penal. Mas jamais imaginava, que a questão da segurança no Brasil e no mundo seria tão complexa.

Depois da conclusão do meu trabalho do curso, tive um melhor entendimento sobre os países onde as instituições funcionam,  e o crime não compensa.

No caso do Brasil, ao invés de discutir a raíz do mal que está inserida na sociedade, preferimos eleger culpados pelas mazelas. A começar pelas famílias que não consegue mais formar o caráter de seus filhos para se livrar dos vícios. Depois vem as instituições estatais que não conseguem cumprir seu papel com eficiência. O aumento de efetivo das forças de segurança nesse caso, a meu ver, é apenas um paleativo, não resolve nada. Enquanto isso, muitas famílias vitimadas pelo mal do século que são as drogas lícitas e ilícitas, vão continuar chorando pelos seus entes queridos. Esse é um pequeno resumo de  um país sem esperança, dilacerado por um sistema corrompido, onde precisa renascer das cinzas. (JVC)