Lucas do Rio Verde - Junho 26, 2025

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Capitão da PM é preso por agredir e cometer injúria contra soldado em MT

Cirano Ribas de Paula Rodrigues, de 40 anos, foi exonerado do cargo após a prisão e a Polícia Militar informou que foi instaurado um procedimento administrativo para apurar a conduta do oficial.

Por: Portal JVC / G1 MT

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(Autor da imagem: Portal JVC)

O capitão da Polícia Militar, Cirano Ribas de Paula Rodrigues, de 40 anos, foi preso nessa quarta-feira (18), após agredir e proferir ofensas racistas contra um soldado durante uma briga em Brasnorte.

À polícia, a vítima relatou que o suspeito tentou ofendê-lo com declarações racistas, afirmando que ele era negro e que “não serviria nem para ser soldado”. Segundo o depoimento, Cirano também o chamou de “cachorro” e disse que “cachorro e preto senta no chão”.

Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso informou que exonerou o militar do cargo e que foi instaurado um procedimento administrativo para apurar a conduta do oficial. Cirano atuava como comandante do 1° Batalhão da Polícia Militar de Brasnorte.

“A PM reforça que não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes”, diz trecho da nota.

Conforme o boletim de ocorrência, Cirano estava em um posto de gasolina, bebendo bebida alcoólica ao lado do soldado, quando passou a ofendê-lo.

Durante a discussão, Cirano teria afirmado que a esposa do soldado o havia traído com ele e que o filho recém-nascido do militar, na verdade, seria seu.
Ainda segundo o relato, Cirano chamou o colega de “corno” diante de outras pessoas no local.

Durante a discussão, a vítima tentou registrar as ofensas do capitão Cirano com o celular, com o objetivo de reunir provas. No entanto, ao perceber a tentativa de gravação, o comandante ataca o soldado.

Uma câmera de segurança do local flagrou o momento em que Cirano parte para cima da vítima, aplica um ‘mata-leão’ — técnica de estrangulamento usada em artes marciais — e, em seguida, quebra o celular ao meio.

O irmão da vítima, que é cabo da Polícia Militar, foi chamado até o local na tentativa de acalmar a situação e levar o soldado embora. Porém, assim que chegou, o cabo também acabou sendo alvo das ofensas e ameaças do capitão, que tentou intimidá-los e levar as vítimas para um local sem câmeras de segurança.

O policial foi preso e exonerado do cargo. Agora, ele será investigado por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião”.

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (ACS-MT) também se pronunciou sobre o caso, afirmando que repudia qualquer forma de preconceito, discriminação e desrespeito dentro da corporação.

“Diante dos últimos fatos denunciados, se solidariza e dedica total apoio na defesa do soldado e cabo da Polícia Militar de Brasnorte, alvos de agressões físicas e verbais por parte do capitão, comandante local. A ACS desde o início disponibilizou a equipe jurídica para acompanhar os militares”, disse a associação em um comunicado.

Jornalista Valdecir Chagas

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