Após mais de 10 anos de atuação no mercado de vacinas como CEO da Saúde Livre Vacinas que é hoje a maior rede de clínicas de vacinação do país (130 Clínicas em 23 Estados), Dra. Rosane teve a honra de ser eleita conselheira da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC). A entidade desempenha um papel fundamental na promoção da imunização no Brasil, ajudando a conscientizar a população sobre a importância do tema e apoiando o desenvolvimento das clínicas de vacinação, que vêm ganhando um papel crescente na promoção da saúde dentro do país.
Ao longo da trajetória da Saúde Livre, tivemos o privilégio de testemunhar diariamente o impacto positivo que as vacinas têm na prevenção de doenças. Acredito que, agora mais do que nunca, é essencial discutir a importância dos imunizantes e como eles desempenham um papel vital em nossa saúde e na sociedade como um todo.
A parceria entre clínicas particulares e o Sistema Único de Saúde (SUS) na administração de vacinas tem demonstrado resultados notáveis na consolidação da luta contra doenças infecciosas. De acordo com dados do DataSus, em 2022, a taxa de cobertura vacinal atingiu 67,94%, o que significa que, de uma população de 214 milhões de habitantes, 150 milhões receberam doses. Nesse contexto, a ABCVAC estima que aproximadamente 8 milhões teriam se imunizado por meio da rede privada de saúde.
Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, o SUS oferece uma ampla gama de vacinas, cobrindo mais de 20 doenças, incluindo sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, difteria, tétano, hepatite B, rotavírus, meningites, pneumonias e febre amarela. A rede privada, por sua vez, desempenha um papel complementar nesse cenário, inclusive em relação a vacinas que ainda não fazem parte dos programas de imunização do sistema público de saúde ou que estão restritas a determinados públicos via rede pública.
Nossa capacidade de complementar a vacinação pública é essencial, atingindo parte da população que não está dentro dos grupos prioritários do SUS. Além disso, a rede privada oferece imunizantes que não são disponibilizados pelo Estado, como a Pneumo 13 e Pneumo 15 (que protegem contra a bactéria Streptococcus pneumoniae, causadora de Meningite, Sepse, Bacteremia, Pneumonia e Otite média), a Meningo ACWY (que protege contra meningites dos tipos A, C, W e Y) e a Meningo B (que protege contra a meningite do tipo B).
Adicionalmente, a rede privada frequentemente tem acesso mais rápido a inovações na área de vacinação, como vimos recentemente com o lançamento da vacina contra o Herpes Zoster e a nova vacina contra a Dengue. Essas opções são importantes para garantir a prevenção de doenças em constante evolução.
Contudo, o maior desafio que enfrentamos atualmente é o combate à desinformação. Mesmo assim, após a experiência da pandemia da Covid-19, observamos que as pessoas estão cada vez mais ávidas por informações. A maioria reconhece que a vacinação vai além de uma escolha individual, sendo uma questão de saúde pública essencial para proteger a população como um todo. A educação e o acesso à informação são cruciais para promover uma cultura de imunização consciente e responsável.
Dra. Rosane Orth Argenta, Conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina) e CEO da Saúde Live Vacinas.
Dr. Fábio Argenta, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – MT e Membro Titular da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (CELEP Nacional).