Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes minimizou a homenagem de faccionados ao líder do Comando Vermelho Rudiney Rodrigues dos Santos, 40, conhecido como “Pinguim”. Em nota, ele disse que o ato demonstra “temor”.
Criminosos promoveram uma grande “queima de fogos” para enaltecer Pinguim, que morreu após fugir da prisão. Por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (25), Mendes disse que a manifestação apenas expressa o “medo” que os criminosos têm pelas Forças de Segurança.
“O uso de fogos de artifício pelas facções, longe de afrontar, apenas expressa a temeridade destas em agir, pois sabem que no campo da segurança pública não há pirotecnia no combate ao crime organizado”, disse.
Coronel também afirmou que os órgãos de inteligência da polícia trabalham para identificar os envolvidos, logística e locais, onde os explosivos foram lançados. Vários artefatos foram apreendidos durante o ato, na noite desta terça-feira (24).
“Vale ressaltar ainda que sinalizações como esta indicam, sobretudo, a intransigência das Forças de Segurança de MT no combate ao crime organizado. Pois vê-se que por aqui não há descanso nesse combate, ininterrupto, sem trégua”, acrescentou.
Queima de fogos
Vídeo que circulam nas redes sociais e grupos de WhatsApp mostram o céu de Cuiabá e municípios do interior iluminado pelos explosivos. O ato ocorreu de forma sincronizada, às 21 horas.
Pinguim era considerado uma espécie de “juiz” dentro da facção, sendo responsável por ordenar execuções de membros da facção rival Primeiro Comando Capital (PCC). Ele havia escapado da Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, também conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (215 km de Cuiabá), na tarde da última sexta-feira (20). Contudo, acabou falecendo após fraturar algumas costelas ao pular o muro da unidade.