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Criança, de 12 anos, morre após cair e machucar ombro na escola em Cuiabá

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da queda e da morte da criança que causa repercussão em MT

Por: Portal JVC / Folha Max

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(Autor da imagem: Portal JVC)

O menino Diego Henrique Coré, 12 anos, morreu na última quinta-feira (8) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pascoal Ramos após sentir fortes dores no ombro. O menor era aluno da Escola Estadual Manoel Cavalcante Proença, situada no bairro Tjucal, em Cuiabá.

A família afirma que Diego sofreu uma queda na unidade escolar dois dias antes de sua morte. Os familiares cobram explicações e suspeitam que possa ter havido erro médico.

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da queda e da morte da criança. “Eu sou a avó de Diego. Quero dizer que, graças a Deus, realmente a morte do meu neto vai ser investigada, porque não dá para acreditar que uma queda leva uma criança à morte. Eu acho que houve erro médico ao mandar uma criança para casa com dor. Pelo menos, o que a gente viu no raio-X é que a clavícula estava quebrada. Precisamos saber a verdade, para que não aconteça com outras crianças o que aconteceu com ele. Alguém errou. Seja no atendimento médico, seja na escola. Alguém errou. Está doendo muito, mas eu tenho rezado bastante e pedido a Deus para que mostre o que aconteceu com meu neto”, declarou a avó durante uma entrevista  na  TV Cidade Verde.

A suspeita é de que Diego tenha caído do telhado ou do muro da escola. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o aluno buscou, no último dia 6, a coordenação da escola para relatar dores no ombro.

Segundo a pasta, em conformidade com os protocolos, a coordenação entrou em contato com a mãe do aluno para que ele fosse encaminhado para atendimento médico. A Seduc afirma que Diego deixou a escola às 10h12.

No comunicado, o órgão também lamentou a morte do estudante. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) também se manifestaram sobre a morte do menino.

Segundo a SMS, Diego deu entrada no dia 6 de agosto, às 23h37, acompanhado pela mãe. Ele passou por triagem na UPA Pascoal Ramos e foi classificado como pouco urgente.

A pasta afirma que o aluno apresentava queixas de dor no ombro esquerdo. Às 23h50, foi atendido pelo médico, que, ao examinar a criança, não encontrou anormalidades evidentes.

O médico solicitou um raio-X da clavícula esquerda e prescreveu medicações para administração na unidade e em casa. No dia 7, às 00h25, o menino foi encaminhado para a sala de medicação e, às 00h33, realizou o exame de raio-X, que não revelou lesões.

Às 01h03, após o retorno médico, o paciente recebeu alta com encaminhamento para um ortopedista no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Às 09h28, Diego entrou no HMC acompanhado pelo pai, ainda relatando dor no ombro esquerdo.

Ele foi avaliado pela equipe médica, que não encontrou sinais de fratura ou luxação no ombro. O paciente foi liberado com orientações, medicação e recomendação de repouso, sendo instruído a retornar em caso de intercorrências ou piora do quadro.

Durante a triagem e a avaliação médica, o menino não apresentou sinais de alarme ou alterações clínicas. No entanto, no dia 8, às 6h06, o menino retornou à UPA Pascoal Ramos sem pulso.

A SMS afirma que somente na data foi informado que a criança teria sofrido uma queda na escola.

Nota da Seduc

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informa que, no dia 6 de agosto, o estudante Diego Henrique Coré Campos buscou a coordenação da Escola Estadual Manoel Cavalcante Proença, situada no Tijucal, para relatar dores nos ombros. Em conformidade com os protocolos, a coordenação contatou a mãe do aluno para que ele fosse encaminhado para atendimento médico. Diego deixou a escola às 10h12, conforme registrado em ata, seguindo os procedimentos estabelecidos. A Seduc manifesta seu profundo pesar pela morte do estudante, ocorrida no dia 08, e reafirma que foi uma perda inestimável sentida por toda a comunidade escolar.

Nota da Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde – SMS e a Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP esclarecem os fatos acerca do atendimento do pacientes de 12 anos que veio a óbito:

-No dia 6 de agosto de 2024, às 23h37, o paciente, acompanhado pela mãe, foi triado na UPA Pascoal Ramos e classificado como pouco urgente. Ele apresentava queixa de dor no ombro esquerdo. Às 23h50, foi atendido pelo médico que, ao examinar a criança, não encontrou anormalidades evidentes. O médico solicitou um raio X da clavícula esquerda e prescreveu medicações para administração na unidade e em casa.

-Já na madrugada de 7 de agosto de 2024, às 00h25, o paciente foi encaminhado para a sala de medicação e, às 00h33, realizou o exame de raio X, que não revelou lesões. Às 01h03, após o retorno médico, o paciente recebeu alta com encaminhamento para um ortopedista no Hospital Municipal de Cuiabá – HMC.

-Na manhã do dia 7 de agosto de 2024, às 09h28, o paciente entrou no HMC acompanhado pelo pai, relatando dor no ombro esquerdo. Ele foi avaliado pela equipe médica, que não encontrou sinais de fratura ou luxação no ombro. O paciente foi liberado com orientações, medicação e recomendação de repouso, sendo instruído a retornar em caso de intercorrências ou piora do quadro. Durante a triagem e a avaliação médica, o paciente não apresentou sinais de alarme ou alterações clínicas.

-No dia 8 de agosto de 2024, às 06h06, o paciente retornou à UPA Pascoal Ramos sem pulso. Apenas nesta data a família comunicou que a criança teria sofrido uma queda na escola. Ele foi imediatamente encaminhado para o Box de Emergência, onde foram iniciadas manobras de ressuscitação, mas, infelizmente, sem sucesso. O óbito foi constatado às 06h12, e o corpo da criança foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

-A Secretaria Municipal de Saúde lamenta imensamente o óbito da criança e reitera seu compromisso com a transparência e a qualidade no atendimento. A SMS está disponível para fornecer quaisquer informações adicionais e colaborar com as investigações que se fizerem necessárias.

Jornalista Valdecir Chagas

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