Com a presença marcante de um bom público formado pr autoridades, professores, alunos e convidados foi lançado na noite desta terça-feira (12), no Auditório da Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde, o documentário “Mel da Floresta Xingú”.
A produção audivisual de 18 minutos fez um relato histórico atraveés de imagens e depoimentos de lideranças que paraticiparam da implantação do projeto que contou com incentivo da Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso.
O Cacique Korotowi Tafarel da aldeia Araiyó e a Professora Clarice Saueressig, emocionaram a plateia em seus depoimentos sobre a realização do projeto que atende hoje 36 aldeias indigênas do Médio Xingu. Por video-conferência, o Cacique declarou: “estou feliz e fico honrado por ser matogrossense, a gente aprende com a natureza, as terras que temos, não são indigenas como falam, são da União, do povo brasileiro”, enfatizou Tafarel.
O Cacique revelou que os povos indígenas precisam de apoio para desenvolver projetos de sustentabilidade, como esse que visa a preservação da natureza. Ele enalteceu as parcerias para a realização do projeto, como o apoio do poder judiciário através da juiza da Vara Criminal de Sorriso, Emanuelle Chiaradia, da Direção do Presdio que proporcionou a mão-obra dos reeducandos para a fabricaçao das caixas para abrigos das abelhas, Piloto Agricola Antônio Carlos, Vereador Manoezinho e do prefeito Toni Dubiella (MDB) de Feliz Natal.
Já a Professora Clarice, avaliou que o projeto “Mel da Floresta Xingú”, é uma das maiores experiências de sua vida. Ela falou da importância da abelha para a polenização da agricultura e da floresta. Destacou a aplicação do método “recuo” de sua iniciativa, para fazer o manejo das abelhas africanizadas.
Emocionada a professora disse: “me senti um símbolo para todos os índigenas, especialmente para as mulheres que participaram ativamente do curso de apilcultura”. A professora ficou impressionada com a União dos povos indígenas. “Quando cheguei na aldeia, o cacique Tafarel, estava reunido com os 32 caciques, para receberem as informações sobre o projeto da apicultura”, descreveu a Professora.
Na cerimônia, falaram ainda, a vereadora Ideiva Foletto, em nome da Cãmara de Vereadores, Luciana Yakamura em nome da Secretaria Estadual de Cultura e Luciana Bauer, Secretaria Municipal de Cultura de Lucas do Rio Verde. Bauer destacou o impacto social do projeto e enalteceu a importância da descentralização de recursos da Cultura do Estado.
E Por fim, a equipe responsável pela produção do documentário, formada produtor Jorge Sepulveda, roteirista Camila Galvão, Produção de imagens Weidson Cardoso, diretor de fotografia Kelvin Queiroz e Diretor Geral Leonardo Santana.
O produtor Jorge Sepúlveda, destacou em sua fala embasada no depoimento do Piloto Antônio Carlos, que o projeto surgiu após a suspeita de apicultores de Sorriso de que a pulverização agricola estaria prejudicando apicultores na produção do mel. Comandante Antônio como é conhecido, teve a iniciativa de fazer parceria com a professora Clarice para oferecer suporte técnico para manejo das abelhas. O projeto bem sucedido, recebeu novos apoiadores e beneciou pequenos produtores e indigenas do Xingú.
A roteirista Camila Galvão, destacou que foi uma longa aventura na floresta do Médio Xingú que começou em 2021, com os primeiros registros visando a produção do documentário. “Andamos 8 hs de barco no Rio Xingú, para chegar a aldeia arayó do cacique Tafarel”, contou ela.
O produtor Jorge Sepúlveda, destacou o empenho de sua equipe na produção do documentário e agradeceu a todos os patrocinadores e apoiadores do projeto. ele ressaltou que a produção foi feita com muita dedicação e carinho, para que a vida, continua existindo.
Estavam presentes na plateia, além de um seleto público, o Reitor da Faculdade La Salle, Irmão Marcos Corbelino, o Pró-Reitor Acadêmico Fernando Orlandi, O Pró-reitor AdministrativoPaulo Foletto, a vereadora eleita Nadir Santana e o Piloto da Aviação Agricola Antônio Carlos.