Lucas do Rio Verde - Dezembro 3, 2024

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Empresas de fachada do agro movimentam mais de R$ 100 milhões do tráfico e outros crimes em MT e GO

Grupo usava empresas para fraudar, desviar, furtar ou roubar carregamentos de grãos.

Por: Portal JVC / Gazeta Digital

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(Autor da imagem: Portal JVC)

Uma operação da Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira (27), 422 mandados contra um grupo suspeito de lavagem de mais de R$ 100 milhões vindos do tráfico de drogas e outros crimes, em Mato Grosso e Goiás. As ordens judiciais da Operação Carga Pesada são cumpridas nas cidades de Querência, Canarana, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, e também em Aragarças, Jussara, Goianira e Goiânia, no estado de Goiás.

Segundo a Polícia Civil, o grupo usava empresas do agronegócio, muitas de fachada, para fraudar, desviar, furtar ou roubar carregamentos de grãos, além de esconder os valores ganhos por meio de crimes cometidos desde 2020.

 “A investigação teve como alvo 60 pessoas jurídicas (empresas) que foram criadas e 37 pessoas físicas. Essas pessoas estão usando essas empresas para prática do crime de lavagem de dinheiro, oriundas de crimes de estelionato, furto, golpes e relacionado também ao tráfico de drogas, que é o desdobrar da operação”, explicou o delegado Pablo Borges Rigo.
 
O grupo usava empresas do agronegócio, muitas delas de fachada, para fraudar, desviar, furtar ou roubar carregamentos de grãos 

A Justiça determinou as seguintes ordens:
 

39 mandados de busca e apreensão
97 quebras de sigilos fiscais
97 quebras de sigilos bancários
97 sequestros de bens
18 sequestros de veículos
21 suspensão de atividades de empresa
14 manutenções de suspensão da atividade de empresas
39 quebras de sigilo de dados

Durante as buscas, as equipes também apreenderam 122 kg de cocaína, escondidos em caixas no banco traseiro de uma caminhonete, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. A quantidade de droga apreendida está avaliada em mais de R$ 10 milhões.

Ainda de acordo com as investigações, o grupo criminoso tinha um grande número de empresas que escondiam os ganhos e movimentavam milhões.

Cerca de 180 policiais civis, 42 viaturas e uma aeronave atuaram na operação, com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

Jornalista Valdecir Chagas

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