O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), ironizou os rumores de sua saída do governo Lula (PT), que repercutiu na imprensa nacional nos últimos dias. Segundo ele, os rumores de sua queda ocorre porque ele se tornaria uma espécie de ‘troféu’ para o agronegócio, que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Isso porque segundo o ministro, nos dois anos e dois meses que está a frente do ministério, sempre ocorrem os rumores de sua saída. “A cada semana sim e semana não, ah o Fávaro vai cair. Ah porque isso, porque aquilo, porque aquele outro, o Fávaro caiu. Ah, porque o congresso quer o cargo do Fávaro”, disse o ministro nesta sexta-feira (28) durante entrevista ao programa Bom dia Cidade, da Rádio 104 FM de Rondonópolis.
“Um pouco disso é fruto da minha tomada de decisão, consciente e verdadeira, legítima em apoiar o presidente Lula no setor que eminentemente foi contra o presidente Lula. Então, eu assim, particularmente, eu sinto que assim, eu virei um troféu. Ah, esse cara teve coragem de apoiar o Lula, não vai ficar ministro. Nós vamos derrubar ele, ou não vamos deixar nomeá-lo”, continuou.
Fávaro também defendeu sua gestão, apontando os avanços na sua condução, como a abertura de 334 novos mercados para a pecuária brasileira. “Nunca na história houve tanto mercados abertos, ampliamos os Planos-Safras, apoiamos as linhas de financiamento, estamos apoiando a agricultura familiar e empresarial”, pontou.
“Eu tenho certeza que na hora que o presidente precisar, ele vai pedir o cargo e eu vou entregar com muito satisfação e vou continuar dando suporte pra ele no Congresso Nacional. Mas posso lhe garantir, não será agora não, muito provavelmente eu deixo o ministério só lá no mês de março, quando me desvincularei para disputar as eleições”, concluiu.
Nos últimos dias a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou que iria se relacionar com o governo federal apenas através do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Fávaro inicia nesta sexta-feira (28) uma caravana de entregas em Mato Grosso, iniciando na região sul e terminando na baixada cuiabana, com assinaturas de programas e entregas de maquinários.
