Em decisão publicada no início da noite desta terça-feira (7), a juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, recebeu a denúncia do Ministério Público contra Inês Gemilaki, o filho dela Bruno Gemilaki Dal Poz e o cunhado dela Edson Gonçalves Rodrigues pelos homicídios qualificados das vítimas Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo, no último dia 21 de abril.
“Recebo a denúncia contra Bruno Gemilaki Dal Poz, Edson Gonçalves Rodrigues e Inês Gemilaki, qualificados na inicial, eis que presentes a prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, o que configura justa causa para o início da Ação Penal”, diz trecho do documento.
Na mesma decisão, a magistrada deu prazo de 10 dias para que os acusados apresentem resposta à acusação por escrito.
Na denúncia, o Ministério Público citou que no dia do crime os suspeitos invadiram a casa de uma das vítimas, conhecida como Polaco, onde ocorria uma confraternização, e efetuaram disparos contra a residência.
Inês entrou no local onde as pessoas estavam e conseguiu matar Pilson e Rui. Ela ainda disparou contra outros dois homens que sobreviveram. Bruno e Edson também apareceram armados nas filmagens das câmeras de segurança do local.
Márcio Ferreira Gonçalves, que foi preso acusado de participação no crime, não foi denunciado. O marido de Inês, assim como a cunhada dele, afirmaram em depoimento que ele não foi à casa onde estavam as vítimas, que só se encontrou com seus familiares horas depois, na fazenda. O MP se manifestou pela revogação da prisão preventiva dele, o que foi atendido pela Justiça.
Briga com dono de imóvel
Sobre o desentendimento entre Inês e a vítima que ela tentou matar, Polaco, a cunhada disse que o homem havia reclamado com Inês quando ela alugava a casa dele, sobre as condições da piscina. Nisso a mulher descobriu que o homem estava vendo as imagens das câmeras de segurança e ela resolveu desligar as câmeras, já que tinha o costume de andar só de calcinha e sutiã. Ela temia que ele já tivesse a visto nua.
O homem então pediu a casa de volta e se iniciou uma briga judicial por cobrança de possíveis prejuízos. O dono da casa teria perdido o processo, mas não teria gostado da situação e daí se iniciaram as brigas e ameaças.
A cunhada ainda disse que no sábado (20) Márcio havia ido à casa dela e de seu marido, e disse para não irem mais à residência dele, pois na tarde daquele dia 6 homens teriam ido lá atrás de Inês, dizendo que queriam matá-la. Márcio conversou com estes suspeitos e nada aconteceu.