Lucas do Rio Verde - Junho 28, 2024

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Justiça arquiva inquérito contra jovens presos por morte de assessor em MT após adolescente mudar versões

Um adolescente apreendido mudou a versão do depoimento e afirmou que tinha um relacionamento com o assessor e que foi o responsável pelo crime. Ele alegou que foi contratado por R$ 7 mil para matar o assessor, em uma “queima de arquivo”.

Por: Portal JVC / G1 MT

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(Autor da imagem: Portal JVC)

A Justiça de Mato Grosso arquivou, na sexta-feira (9), o inquérito policial que investigava a participação de dois jovens na morte do assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos. No final de janeiro, o assessor foi encontrado morto, com marcas de tiros, na região da Transpantaneira, em Poconé.

Segundo a juíza Katia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé, havia poucos elementos que comprovariam a autoria do crime pelos dois jovens que estavam sob prisão preventiva. Na decisão, a juíza afirmou que não “há fundamento plausível para o requerimento” e expediu os alvarás de soltura.

Conforme a decisão, um adolescente de 16 anos e os pais dele afirmaram que o assessor e o adolescente tinham um relacionamento. Sérgio teria comprado uma moto para o menor, que iria começar a ser paga em parcelas de R$ 1 mil a partir de 31 de janeiro.

O inquérito contra o menor segue em andamento, segundo a Polícia Civil. A Delegacia de Poconé informou que aguarda o resultado das perícias sobre os celulares apreendidos para concluir a investigação.

 Adolescentes apreendidos por morte de assessor em MT receberiam R$ 2 mil para atrair vítima e colocar fogo em carro, diz polícia
 
 Versões investigadas
 
No dia do assassinato, o menor, um outro adolescente e o assessor iriam passar o final de semana juntos e estavam no mesmo carro. Na primeira versão, o adolescente contou que foi abordado por outro carro e outros suspeitos teriam cometido o assassinato.

Já em uma nova versão, o adolescente afirmou que foi o responsável pelo assassinato. O menor cita que um dos suspeitos presos teria o ameaçado e o contratado por R$ 7 mil para matar o assessor, em uma situação de “queima de arquivo”. Porém, o adolescente não soube explicar a motivação.

Entre as mudanças de versões, o adolescente também tinha dito que foi procurado por um suspeito pessoalmente. Depois, disse que foi por uma rede social.

Relembre o caso
 
Última publicação feita pelo assessor, no Casarão Cotia, em Poconé (MT), horas antes do assassinato — Foto: Redes sociais
No sábado (27), um sobrinho de consideração de Sérgio reportou o desaparecimento dele e disse à polícia que o assessor saiu de carro com um morador de Poconé, e disse que voltaria à tarde.
Por causa da demora de Sérgio para retornar, um colega dele tentou entrar em contato por telefone, mas estranhou as respostas por mensagem de texto, que não pareciam ser da vítima. O colega também levantou suspeitas do desaparecimento após receber a mensagem de que Sérgio voltaria depois do início da semana, o que não é comum da vítima, além de perceber que a senha do celular da vítima foi alterada.

Durante as investigações, os três adolescentes apreendidos pela Polícia Militar por suspeita de participação na morte do assessor disseram à polícia que receberiam R$ 2 mil, cada, para atrair a vítima e colocar fogo no carro dela. Dois jovens, de 19 e 29 anos, também foram presos.
Ainda no final de janeiro, a Justiça de Mato Grosso decidiu converter a prisão em flagrante de um dos suspeitos de matar o assessor parlamentar, em preventiva.

Jornalista Valdecir Chagas

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