Lucas do Rio Verde - Novembro 12, 2025

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Lobista é preso pela Polícia Federal por ordem do STF

Andreson Gonçalves de Oliveira, já havia sido alvo de busca e apreensão no mês passado, quando o segurança dele foi preso por ocultar um celular que o lobista estaria utilizando de forma irregular

Por: Portal JVC / Gazeta Digital

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(Autor da imagem: Portal JVC)

Policiais federais estiveram na manhã desta quarta-feira (12) na residência do lobista Andreson Gonçalves de Oliveira, em Primavera do Leste. Conforme apurado exclusivamente pela reportagem, a nova busca cumpre uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a substituição da prisão domiciliar pelo regime fechado. Andreson já havia sido alvo de busca e apreensão no mês passado, quando o segurança dele foi preso por ocultar um celular que o lobista estaria utilizando de forma irregular. Na prática, a decisão indica que o STF considerou Andreson clinicamente recuperado e converterá sua prisão.

A defesa classificou a nova decisão como “tão surpreendente quanto desfundamentada”, afirmando que o STF ignorou o laudo do IML e os exames médicos que atestavam sua condição clínica, ao se basear em “50 minutos de avaliação feita por dois policiais médicos na casa dele”.

O advogado Eugênio Pacelli ironizou a medida, dizendo que “se ele se suicidar, dirão que, como foi voluntário, deverá ser enterrado no presídio”.

Andreson é figura central no esquema da venda de decisões judiciais em tribunais brasileiros, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tribunais estaduais como o de Mato Grosso (TJMT) e Mato Grosso do Sul (TJMS). 

Em julho de 2025, o também empresário ganhou da Justiça direito a prisão domiciliar em Primavera do Leste. As imagens divulgadas do seu exame após a decisão mostra Andreson praticamente esquelético. A flexibilização da prisão ocorreu por risco de vida do lobista, que perdeu mais de 30 quilos desde foi preso em novembro do ano passado.

Andreson é paciente bariátrico e necessita de alimentação especial. A defesa do lobista estava tentando a concessão da prisão domiciliar desde janeiro deste ano.

Enquanto esteve preso no Estado, o juiz Geraldo Fidelis chegou a autorizar a entrada de alimentos como carne assada, chocolate meio amargo, barrinhas de cereais e isotônicos, já que a penitenciária do Estado alegou que não tinha condições de fornecer uma dieta especial para ele.

O lobista foi preso em novembro de 2024 em uma operação da Polícia Federal e é considerado uma peça-chave no escândalo. A investigação ganhou força após a análise do celular de um advogado assassinado em Cuiabá, Renato Neri, que revelou as conversas sobre a negociação de sentenças. As investigações indicam que ele tinha acesso a minutas de decisões judiciais antes mesmo de serem proferidas publicamente pelos magistrados, o que comprovaria sua influência nos tribunais.

Jornalista Valdecir Chagas

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