Lucas do Rio Verde - Abril 22, 2025

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Ministério Público de Lucas do Rio Verde vai recorrer da decisão que soltou líder epiritual acusado de abuso sexual

O mestre Veras foi solto por uma decisão do juiz Fábio Petengill, da 2ª Vara Criminal da Comarca, proferida na quinta-feira (25)

Por: Portal JVC / Valdecir Chagas

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(Autor da imagem: Portal JVC)

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) vai recorrer da decisão proferida pelo juiz Fábio Petengill, da 2ª Vara Criminal de Lucas de Rio Verde, que colocou o líder espiritual E.R.R..C.V., de 64 anos, em liberdade nesta quinta feira dia 25 de janeiro. Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de oito mulheres em ‘rituais de limpeza’ no município. O órgão ministerial destacou que irá pedir o reestabelecimento da prisão.

Em sua decisão, publicada na quinta-feira (25), Petengill acatou um pedido da defesa do  Líder espiritual, que pediu a revogação da prisão e alegou que o homem apresentava enfermidade grave, por ser acometido por hepatite C, e que se tratava de um idoso. Os advogados argumentaram ainda que, em razão do encarceramento, o homem perdeu mais de 20 quilos e estava sofrendo episódios de vômito e diarreia constantes, por causa das más condições de higiene na unidade prisional.

Ao analisar os fatos, o magistrado atendeu ao pedido de soltura, mas impôs medidas cautelares. Dentre elas, o suspeito não poderá se aproximar das vítimas ou de seus familiares e deve ficar a, pelo menos, 800 metros de distância. Além disso, não poderá exercer qualquer atividade religiosa para fins econômicos. Segundo o juiz, tais determinações são suficientes para garantir a segurança das vítimas.

“Analisando os fatos atuais contidos nos autos, ainda que o réu tenha praticado, em tese, os crimes contra diversas vítimas, circunstância que ocasionou grande repercussão no meio local, já praticamente exaurida a fase de colheita de provas, não mais se vislumbra a necessidade de manutenção da ordem segregacional, especialmente porque afigura-se possível evitar a reiteração delitiva com medidas diversas da prisão e que, ao menos em tese, seriam suficientes a garantir a segurança das vítimas e impedir/precatar novos acontecimentos desta mesma natureza”, justificou.

Relato de uma vítima

Em um dos boletins de ocorrência, uma das vítima narra que, após sair do trabalho, no final da tarde (de dia não revelado  no BO),  por volta das  17H30, seguiu para a chácara onde está localizado o Centro Espírita do Mestre Veras. Detalha que o local estava vazio e que encontrou o mestre logo na entrada.

Em seguida, conforme relato, Veras teria retirado a “sua genitália para fora e solicitou que ela tocasseafim de ter uma conexão espiritual”. A mulher  detalha ainda que era uma pernoite no local. Diz que um dos funcionários chegou, que ela ainda estava na frentedo “mestre”, mas que a testemunha não cheou a ver nada, apenas perguntou se tinha acontecido algo.

A vítima não especifica no registro quando  a situação aconteceu, mas diz que na ocasião ficou sem reação, acabou não falando o que ocorreu e apenas deixou de frequentar o Centro Espirita. Posteriormente, ela foi questionada sobre o motivo  de  ter parado de ir ao local e salvou a conversa no Instagram.

Jornalista Valdecir Chagas

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