Um dos presos na manhã desta terça-feira (20), durante uma operação da Polícia Civil, é o personal trainer Ygor Vinicius Silva Araújo, de 36 anos. Dessa vez, a ação mira um grupo criminoso envolvido em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico. Ao todo, 96 ordens judiciais são cumpridas.
Ygor já foi preso em 2024, na Operação Maximus 2, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (denarc). Nesse caso, a investigação resultou no indiciamento de 19 investigados pelos mesmos crimes apurados nesta nova fase.
Conforme apurou a reportagem, o personal foi preso por mandado expedido pela Justiça, por volta das 6h15, quando chegava para abrir uma academia localizada na Barão de Melgaço. Ele foi algemado e levado para a sede da Denarc.
Homem de 28 anos também foi preso. Ele se apresenta nas redes sociais como “formado em Administração e Direito”, além disso, afirma ser “empresário que atua no ramo do marketing, tecnologia 3D, mercado financeiro e agronegócio”.
O mandado foi cumprido no condomínio Alphagarden, no Despraiado. Nada de ilícito foi encontrado no local. Já outro alvo foi preso em um condomínio no Porto. O homem de 35 anos não foi encontrado com nada ilícito no momento que os policiais cumpriram as ordens judiciais.
Um jovem de 25 anos também está entre os investigados. As equipes chegaram ir ao condomínio Brasil Beach e depois em um condomínio no Jardim Petrópolis, onde aconteceu busca e apreensão.
Investigações
A operação tem como base o avanço das investigações da Operação Maximus 2, já concluída, com indiciamento de 19 investigados por crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico e também de lavagem de capitais praticados por uma organização criminosa.
Com o levantamento de novos elementos probatórios, foi possível identificar que um dos alvos investigados se associou a outros envolvidos (até então não identificados) para o cometimento de tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas.
Com o encontro de provas em relação a terceiros não abrangidos na investigação inicial, foi descoberto um complexo e recorrente sistema de distribuição de drogas, com reiteração criminosa, e envio de drogas da fronteira (Cáceres) para distribuição na cidade de Cuiabá e Várzea Grande.
As investigações levaram a identificação de transportadores das drogas e traficantes locais, que adquiriam e revendiam os entorpecentes abrangendo várias camadas sociais em Cuiabá.
Durante as investigações e levantamentos foi realizada a interceptação de uma carga de drogas do grupo criminoso. Na ocasião, foi preso em flagrante um casal com 23,57 quilos de maconha.
Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentava expressivos valores por meio de contas de “laranjas”, utilizava aplicativos para repasse de entorpecentes e mantinha um esquema de ocultação patrimonial com a utilização de pessoas interpostas.
As investigações continuam com análise do material apreendido e rastreamento dos ativos financeiros bloqueados.