Os delegados de Polícia Civil, João Antônio e Alan , concederam entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, para fazer um balanço da operação das forças de segurança, para retirada de corpos do Cemitério Clandestetino criado por uma facção criminosa em Lucas do Rio Verde.
Os delegados relataram que as investigações começaram desde do ano passado, quando ocorreram o desaparecimento de cerca de 17 pessoas. Mas só na manhã de sexta-feira (10), a polícia conseguir desvendar o local onde vinha sendo executados e enterrados às vítimas da facção criminosa.
Operação retirada dos corpos no Cemitério Clandestino
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) mobilizou servidores das unidades de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum para as perícias de localização de cadáveres enterrados em um cemitério clandestino de uma facção criminosa, encontrado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (10).
A área de mata está localizada em Lucas do Rio Verde nas proximidades do Bairro Tessele Junior. A primeira vítima foi identificada neste sábado (11) como Rafael Pereira de Souza, por meio de exame das impressões digitais. De acordo com informações apuradas ele era morador de Rondonópolis.
A segunda vítima identificada, trata-se do venezuelano, Andris Mattey, 19 anos de idade. A terceira vítima identificada trata-se de Wilner Alex de Oliveira Silva, 30 anos de idade, morador de Lucas do Rio Verde.
Foram encontradas dez covas, onde estavam cinco ossadas e seis corpos, totalizando 11 vítimas. Parte dos corpos estava em processo de esqueletização. Uma vítima foi encontrada em estado de putrefação, o que indica que foi assassinada recentemente.
As equipes acompanharam as forças de segurança na abertura das covas e remoção dos corpos para a perícia de local de encontro de cadáveres. Os restos mortais encontrados serão enviados para as unidades de Medicina Legal do interior e da capital, para exames antropológicos e de necropsia, e para a identificação técnica das vítimas.
O IML realizará uma triagem para avaliar o grau de decomposição e o método mais adequado para a obtenção das identidades das vítimas, sejam elas por papiloscopia, odontologia legal ou DNA.
Identificação Técnica
A Politec orienta aos familiares de pessoas desaparecidas em Lucas do Rio Verde e região para que compareçam em uma das unidades de Medicina Legal do Estado para a coleta de material genético para o confronto genético com as amostras biológicas das vítimas encontradas no cemitério clandestino do município.
Caso a pessoa desaparecida tenha realizado algum tratamento dentário, é aconselhável que a família obtenha com os dentistas o prontuário odontológico da vítima, especialmente exames de imagem (radiografias e tomografias, por exemplo) e os forneçam ao IML.
Para a doação do material genético é necessário que o grau de parentesco dos familiares do desaparecido seja de grau ascendente (pai, mãe, filho, ou mais de um irmão).
A coleta é simples e indolor, com uma espécie de cotonete, que é passado na parte interna das bochechas da pessoa. Os materiais biológicos coletados serão processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no laboratório forense da capital.
Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, os peritos informarão a unidade de Medicina Legal de Lucas do Rio Verde, que entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais de liberação da unidade.