Um dos mais conceituados Portal digital do país o Metrópoles, publicou nesta quarta-feira (26), uma extensa repórtagem falando do Empresário Leandro Zavodini 41 anos, dando ênfase na operação da Polícia Civil que investiga furto milionário de energia elétrica de suas empresas em Lucas do Rio Verde e região.
Vale destacar que a esposa do empresário, tinha uma empresa de compra de cereais em conjunta, com o ex-delegado de Lucas do Rio Verde, João Antônio Batista Ribeiro, que foi preso por corrupção e assédio sexual e depois liberado para responder os crimes em liberdade, usando tornozeleira eletrônica. Os crimes são investigados pela Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso e o Ministério Público.
Confira a reportagem completa
O empresário do ramo de agronegócio alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Mato Grosso (PCMT) nesta quarta-feira (26) é Leandro Zavodini. Ele é produtor rural e proprietário da Agrícola Maripá, com sede em Lucas do Rio Verde, um dos maiores pólos de produção de soja do país.
A coluna apurou que o homem também é conhecido nacionalmente no universo do pôquer, tendo ganhado, em novembro do ano passado, o maior prêmio da história do pôquer brasileiro até aquele momento.
À época, Zavodini venceu o The Legends, torneio de buy-in R$ 250 mil do BSOP Millions, realizado em São Paulo (SP), e embolsou R$ 3,5 milhões.
Investigado
Nesta quarta (26), porém, uma ofensiva da Polícia Civil de MT revelou uma outra face do empresário. Investigações indicam que um grupo criminoso ligado a Zavodini estruturou um sistema altamente elaborado para burlar o consumo real de energia de empresas que possuem grande movimentação financeira.
Batizada de “Ignis Justiça”, a operação desmantelou o esquema sofisticado de furto de energia, corrupção, estelionato (adulteração do sistema de medidor), fraude processual e corrupção, envolvendo o empresário de Lucas do Rio Verde e empresas ligadas a ele dentro e fora do município.
Na operação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, contra quatro investigados. Entre os alvos estão um engenheiro, um ex-funcionário da concessionária de energia e um empresário do agronegócio, que atuavam na manipulação profissional dos sistemas.
Prejuízo milionário
Durante a investigação, foi constatado que o crime foi cometido em continuidade delitiva, ou seja, se estendeu por um período prolongado e não em um único ato isolado. Desta forma, o faturamento que deveria retornar à concessionária e à população estava sendo desviado em benefício privado, alimentando o esquema criminoso.
Segundo a delegada responsável, Paula Moreira Barbosa, o dinheiro que deveria fortalecer o sistema energético, estava sendo drenado para financiar irregularidades, dentro dessas empresas.
“Não é um furto simples. Estamos diante de um crime altamente profissionalizado que gera impacto econômico milionário. Agora, com a materialização completa das provas, seguimos para aprofundar a investigação e identificar possíveis ramificações desse esquema”, destacou a delegada.
Ainda de acordo com a delegada, casos de furto de energia em grande escala vêm sendo investigados em diversos municípios mato-grossenses, a diferença, neste caso, é a sofisticação e o nível técnico da operação criminosa, que utilizava profissionais qualificados e conhecimento interno para sustentar o esquema.
“É um crime grave, que prejudica a concessionária, a população e gera perdas gigantescas. A Polícia Civil continuará firme no combate a esse tipo de fraude”, finalizou a delegada.
A operação
A ofensiva, conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Lucas do Rio Verde, é resultado de uma investigação técnica e minuciosa que já vinha sendo realizada há meses, atingindo diretamente a quadrilha.
Os mandados foram cumpridos em três unidades do grupo empresarial, sendo uma delas no setor industrial de Lucas do Rio Verde, outra na zona rural, sentido Sorriso, a cerca de 15 km da cidade e a terceira situada no município de Sorriso e nas residências dos investigados.
Equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Energisa acompanharam a operação, realizando perícias simultâneas nos pontos suspeitos.
A fraude, nas empresas do ramo da agroindústria, ocorria há meses e pode ter causado prejuízo de milhões.
